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A biblioteca infantil instalada em um vagão de trem na praça Mandu Ladino no bairro de Fátima e que recebeu o nome da poetisa e escritora Dilma Ponte de Brito, começou a receber as primeiras doações. A biblioteca é uma iniciativa da Federação do Comércio do Piauí que tem na presidência Valdecir Cavalcante, membro da Academia Parnaibana de Letras.

Até o dia 13 deste mês o SESC disponibilizou um funcionário para receber e catalogar as doações de livros de literatura infantil e de escritores parnaibanos. A biblioteca já recebeu doações de Roberto Cajubá, Christina Moraes Souza Oliveira e Pádua Marques, os três, membros da Academia Parnaibana de Letras. Fonte: APAL/SESC. Fotos: APAL/SESC. Edição: APM Notícias.

No dia em que a história do Brasil registra nesse 29 de outubro os 210 anos de criação por Dom João VI, da Real Biblioteca, que depois receberia o nome de Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, o escritor Antonio de Pádua Marques Silva, contista, romancista e cronista, declarou que embora tenham bons espaços, ainda faltam eventos que incentivem a leitura e valorizem o escritor em Parnaíba e região.

Pádua Marques, membro da Academia Parnaibana de Letras, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba, da Academia de Letras de Sete Cidades em Piracuruca e de outras entidades culturais, acaba de publicar com o patrocínio do Amostragem, o Instituto Piauiense de Opinião Pública, seu quarto livro com o título Vinte Contos para Simplício Dias.

Segundo o contista a falta de incentivos em eventos para a leitura e a valorização do escritor parnaibano tem deixado com que muitos escritores abandonem a criação. Com isso a história e outras manifestações para a leitura ficam altamente prejudicadas. Por outro lado se encontram boas iniciativas como a do SESC, que vai inaugurar uma biblioteca infantil na praça Mandu Ladino.

Esta biblioteca será instalada em um vagão ferroviário que terá espaço para café e na área externa deve servir para lançamento e leitura de livros em espaço aberto. Segundo Valdecir Cavalcante, presidente da Federação do Comércio do Piauí e membro da Academia Parnaibana de Letras, será um espaço destinado a divulgar e dar apoio aos escritores de Parnaíba. 

Marques acrescentou que embora tenha sido realizado pela Fundação Quixote no ano passado o 7º Salão do Livro de Parnaíba, na Universidade Federal do Delta do Parnaíba o estande disponibilizado para a Academia Parnaibana de Letras era mal localizado. “Mas a gente começa a ver as coisas melhorando com essa nova biblioteca e quem sabe agora o público se interesse mais”, concluiu. Fonte/Fotos: APM Notícias.

Neste  post tem algumas dicas legais que vão ajudar nesse processo de recuperar o habito a leitura. Sabendo que isso requer tempo e paciência. Às vezes, dependendo de cada um, até um pouco de sacrifícios. Mas, se ler é importante pra você, vai valer a pena.

ESCOLHA O LIVRO CERTO

Antes de tudo, você precisa escolher um livro que sabe que não vai abandonar no meio da leitura. Isso pode ser um passo incerto. Escolha um com uma linguagem fluida e acessível. Particularmente, prefiro os romances. Porque despertam a curiosidade e prendem você na leitura. Não precisam ser obras grandes. Podemos começar devagar.

ARRUME TEMPO E  LUGAR CERTO

Quando você trabalha ou estuda, ou faz os dois. Arrumar tempo é quase impossível. Qualquer momento livre é pra descansar, cuidar da casa ou dá uma olhadinha nas redes sociais. Que tal ler um pouco antes de dormir ou preencher o ócio dos finais de semana com a leitura. Não é muito minha praia ler em filas ou em meio a muita gente. O barulho super torna tudo mais estressante. Ler no ônibus ou em qualquer veículo em movimento também não é recomendável, pois é prejudicial aos olhos. 

DIMINUA O USO DAS REDES SOCIAIS

As redes sociais são muito boas. Você ver pessoas, conversa com elas e até faz negócios. Mas, não podemos negar o fato de que passamos muito tempo nelas e nem percebemos. Só rolando o feed e esperando um BAFO. Se você tem auto controle, ótimo! Se não, a melhor opção e desinstalar por um tempo. Pra ter mais tempo livre.

TENHA  EM PDF

Pra quem tem um Kindle, massa! Se você não tem, como eu, use o PDF do celular ou computador. Ler na versão impressa é o máximo, mas se isso não for possível, não tem problema ler em PDF. Só cuidado com a iluminação que prejudica muito a vista. Eu sempre falo dos olhos porque uso óculos e acho muito ruim tudo que prejudica os olhos. Escolha ler em locais claros ou com a luz acessa.

GRUPOS DE LEITURA

Eu participo, mas quase não vou. Fui uma vez, mas é incrível. Você conhece pessoas que também são apaixonadas por leitura e isso te incentiva. E também é legal, conhecer novas obras e trocar experiências. Até mesmo se você não leu o livro kkk Tipo eu!

NÃO VEJA COMO OBRIGAÇÃO As pessoas não precisam saber o que você estar lendo. Leia por prazer e não porque isso vai te trazer status. Leia para atribuir a sua vida. Use a leitura como forma de reflexão do mundo. É muito importante: nem todas as pessoas gostam de ler. Então, comece por si mesmo. Tenho experiência com isso.

texto: Raylane de Sousa

📽 Minissérie produzida pela Netflix inspirada na vida de Madam C.J Walker, Self Made fala de diversas temáticas polêmicas.

Uma série de apenas 4 episódios, mas que retrata a a dificuldade de ser mulher, negra, e viver em uma época onde o poder era definido pela cor da sua pele, pelo seu cabelo, pelo sexo (homens) retratada na sociedade racista e machista da época (ainda bem que evoluirmos e agora não é mais assim né?! Só que ainda não.

Uma série recheada de desafios, traições, ambição, concorrência desleal, e tantas outras dificuldades que as vezes nos deparamos, trás o exemplo de força na protagonista, um exemplo de liberdade, independência, perseverança, empreendedorismo, valores, trabalho e superação.

Assim como Mary Kay Ash, Madam C.J Walker foi uma mulher muito a frente de seu tempo, um exemplo a ser seguido!

Vale muito a pena assistir! Pura inspiração!

Angela Davis professora, filósofa norte americana. Militante pelos direitos das mulheres e contra a discriminação racial. Angela é abolicionista penal, buscando o fim dos presídios como forma de cumprimento de pena.
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Em 2003 lança o livro “Estarão as prisões obsoletas?”, no qual relata como chegamos ao modelo atual de presídios, traça um histórico das prisões no Estados Unidos, como as mudanças no sistema prisional foram feitas sob o viés racial, a guerra as drogas usada como justificativa neste processo e o advento das prisões de segurança máxima.


Faz ainda um recorte de gênero nesta análise. Ressaltando “a conexão entre o castigo corporal imposto pelo Estado e as agressões físicas a mulheres nos espaços domésticos”, sobretudo em relação às mulheres negras e latinas.
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Todo esse processo culmina no que a autora chama de “complexo industrial-prisional” apontando para uma privatização não somente das prisões, mas de diversos serviços, como os de saúde e educação.
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Por fim, Davis aponta algumas medidas para o fim das prisões, o que ela chama de “alternativas abolicionistas”, alertando já de início que é necessário mais de um único modelo de sistema alternativo de punição. Dentre as alternativas elenca: revitalização das escolas e do sistema de saúde, descriminalização do uso de drogas, defesa dos direitos dos imigrantes, programas de trabalho e salário digno.
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Com linguagem simples, o livro é uma ótima introdução ao tema abolicionismo penal, traz importante discussão sobre penas, prisões, objetivos do sistema prisional com relevante recorte racial e de gênero. A leitura é bem rápida e interessante. 😉
📷Google
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Fonte: DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: Difel, 2019.

Fonte: @nemtaodireito

Os encontros estão sendo realizados desde 2018, geralmente aos sábados de cada mês, mas devido à pandemia o grupo Leia Mulheres tem realizado os encontros virtualmente.

De acordo com a professora de Ciências Políticas e Sociologia, Sâmya Nagle, o grupo está com dois anos em Parnaíba, conquistando cada vez mais público. “Estamos muito felizes e empolgadas com a continuidade do projeto. Nesse ano, mesmo enfrentando uma pandemia, estamos tentando dar continuidade às leituras, o que para muitas é uma forma de descanso diante do momento difícil que enfrentamos”, disse.

A seleção dos livros para o segundo semestre de 2020 se deu por indicações e votação do grupo do whatsapp. Esse semestre o Leia Parnaíba tentou diversificar ao máximo as obras e autoras escolhidas, tanto com relação ao gênero quanto na identidade.

Então nesse segundo semestre temos autoras negras, trans, escritoras nordestinas e também uma homenagem ao centenário de Clarice Lispector com o livro “A hora da Estrela”.

Confira os livros do semestre:

Para saber as novidades que antecedem os encontros, acompanhe o Instagram @leiamulheresparnaiba. Pode participar quem leu o livro e também aqueles que não leram, mas desejam acompanhar a discussão. O clube um grupo de whatsapp que é passado algumas informações. Qualquer informação entre em contato pelo direct do instagram.

Aliana Aires é piauiense, doutora em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM-SP e tem mais de dez anos de experiência profissional nas áres de visual merchandising, marketing e consultoria para marcas de moda. 

O livro de sua autoria “De Gorda a plus size: a moda do tamanho grande”, é a única publicação sobre o assunto no mercado editorial brasileiro. 

Aliana concedeu entrevista ao pensarpiaui falando sobre o assunto e o comportamento da industria da moda diante das novas demandas da sociedade:

https://www.youtube.com/watch?v=UfTK1TuZSgQ

Descrição do Livro:

Descrição

Neste livro, propomos um novo olhar para um nicho de mercado ainda pouco explorado e com grande potencial de consumo: a moda plus size. Esta é a primeira obra escrita no Brasil e uma das poucas no mundo a abordar o tema, que foi silenciado e negligenciado nos contextos acadêmico e mercadológico. Ao longo da modernidade, a moda promoveu a imagem do corpo feminino magro, branco e jovem como modelo de beleza, excluindo a consumidora gorda.

Marcado para o dia 5 de novembro deste ano de 2020 a posse do escritor Kenard Kruel Fagundes na Academia Parnaibana de Letras, cadeira número 8 e que teve como patrono Antonio Otávio de Melo e como os dois últimos ocupantes, o ex-governador do Piauí e ex-senador Francisco das Chagas Rodrigues e o padre Francisco de Assis Soares.

O anúncio foi feito pelo próprio escritor Kenard Kruel Fagundes nas redes sociais nessa sexta-feira dia 19 de junho. A recepção ao novo acadêmico será feita pelo poeta Alcenor Candeira Filho. Na ocasião será lançado pelo novo imortal o livro Chagas Rodrigues, Estrangeiro na própria Pátria. Fonte: KKF. Foto: acessepiaui. Edição: APM Notícias.

Olegário estava colocando o nome do prefeito Ademar Neves num pedaço de saco de estopa pra depois, daqui a pouco dar os últimos ajustes no boneco do Judas que estava guardado nos fundos da casa. Agora faltava vestir com um paletó velho, conseguido pela mãe Rosa na casa de doutor Mirócles. Era desse jeito todos os anos desde quando se meteu a fazer aquela festa na Guarita, em meio daquele deserto de areia e com casas de barro cobertas de palha de carnaúba.

Sua mãe Rosa todo ano saía uns dois meses antes, ainda em janeiro, procurando entre as famílias ricas de Parnaíba alguém que desse uma roupa velha, fora de uso, uma camisa, calça, paletó, sapato, gravata, pra que seu filho Olegário vestisse o Judas pra queimar no sábado de Aleluia, passada a Semana Santa.Era coisa de vir gente de tudo quanto era canto pra ver e se divertir.

Na morte do Judas tinha refresco de maracujá, de limão, abacaxi, bolo de tora, bolo de milho, broa, chá de burro, café, cocada, macaxeira e milho cozidos, canjica, pamonha, tudo em quanto.Vinha gente do Macacal, dos Campos, Tucuns, Curre, Tabuleiro, do Alto do Cemitério e até de dentro da rua, os filhos de gente rica. Vinha essa gente assistir a queima do Judas e que todo ano levava o nome de alguém detestado pelo povo, um intrigado, um político da Parnaíba.

Aquela era uma festa pra se esperar pelo próximo ano.E feita com apuro. Olegário fazia tudo sozinho. Muitas das vezes costurando e enchendo o boneco a noite inteira. Enchia de serragem, maravalha ou mulambo. Tudo servia. E naquele ano de 1933, Olegário estava era zangado com o prefeito Ademar Neves!

Olegário tinha pouco mais de vinte e quatro anos. Filho do carroceiro vindo do Sobradinho, Manuel, o Mano, com dona Rosa, que sofria dos nervos a ponto de só viver enfurnada e com a cabeça enrolada de pano, tinha ainda as irmãs Antonia e Maria José.

De vez em quando Rosa em dias de crises, quando só faltava correr e acordar a Guarita toda, ia bater na Santa Casa atrás de algum alívio pra aquele sofrimento sem fim. Mas nesses tempos o filho era de viver entretido com as brincadeiras.

Quando não era com a brincadeira de boi em junho, era com o diabo de Judas na Semana Santa! Uma vez ou outra aparecia algum colega e mais outro pra ajudar. Aí se formava aquela comandita toda da Guarita, gente ali de perto do Rio Grandense e que era afamada na Parnaíba inteira. Todo ano corria a notícia de que Olegário do Mano ia botar o Judas e a inquietação era saber quem seria o homenageado.

O menino que agora era homem e dono de dois jumentos e oito ancoretas, nunca foi de querer saber nada com escola. Do pai ouvia que escola era coisa de filho de rico, de seu Roland Jacob, Franklin Veras pra cima. E que seus filhos estando de bucho cheio e tendo uma rede pra dormir não carecia de muita ciência, coisa muito além não.

Olegário, menino, foi levado pela mãe Rosa e pela madrinha Cecília pra se matricular no Miranda Osório, mas refugou logo a tentativa de aprender a ler e escrever. Rosa agora botou numa escola do bairro, ali perto, mas ele foi com as irmãs por pouco tempo. Terminada a aula, era de sair correndo na frente delas, gritando, dizendo que estava com dor de barriga ou com febre e que não voltava mais.

No outro dia a mãe ia bater na porta de doutor Cândido, na Santa Casa, procurando saber do que se tratava. O doutor examinava aqui e ali e não encontrava nada de doença e longe dele, cochichando, dizia pra Rosa que o menino estava com manha, preguiça. E se continuasse daquele jeito era pra mais na frente ir pra Marinha ou acabar indo pra o Acre, onde tinha só índio que comia gente!

E a coisa acabava ficando por aquilo mesmo. E assim cresceu Olegário até encontrar seus jumentos e as suas ancoretas. Olegário fazia tempos havia se metido a botar água nas casas. Fez o pai fazer negócio com dois jumentos e umas ancoretas, oito ao todo, e ia pegar água na lagoa do Bebedouro pra vender nas casas da gente que tinha dinheiro, na linha ferro, mais pra baixo, nos rumos do Alto do Cemitério e que agora corria o risco de acabar seu serviço porque Ademar Neves estava calçando tudo quanto era rua, enquanto a Guarita ficava na pobreza.

Mas quem seria o Judas daquele ano de 1933? Pouca gente adivinhava. E foi essa dúvida, essa inquietação que até o chefe de polícia de Parnaíba ficou preocupado. Mandou uns informantes ficarem nas proximidades da Guarita dia e noite, ouvindo raparigas, bêbados, vagabundos, enfim, assuntando aqui e ali com os vizinhos de Olegário do Mano. Mas era o prefeito Ademar Neves, chamado por Olegário de Camaleão Velho, o escolhido pra ser queimado no Sábado de Aleluia.

Naquele ano estava o inverno bom de água. As obras da estrada de ferro levavam muita gente a se mudar da Guarita, dos Tucuns, Curre e do Bebedouro pra beira da linha no Macacal. O incômodo lá eram as muriçocas! Muita gente dizia de boca cheia que a Guarita tinha os dias contados, que era lugar onde nem pra morrer haveria de prestar porque era coberta de areia e lá nunca teria nada! No dia da queima do Judas, no Sábado de Aleluia, amanheceu pros lados do Catanduvas com umas nuvens escuras. Olegário mal meteu a cara na porta foi ficando preocupado.

E lá pelo meio da tarde começou a chover. Todo o movimento esperado pra aquela festa foi pra dentro de casa. E foi chuva pra mais até de noite. Chuva de ninguém se atrever a meter a cara na porta. Chuva regada a relâmpagos e trovões. Coisa de fazer cachorro e menino se mijando de medo.

De uma hora pra outra a Guarita ficou um lamaçal só. E lá no largo, naquele terror de chuva, perto do Rio Grandense, Olegário do Mano junto com dois colegas tentando subir aquele boneco todo vestido de terno de linho, gravata marrom escuro, de sapatos lustrados, com o nome e a cara de Ademar Neves. O Judas foi ficando pesado de tanto levar água e eles não conseguiram que subisse. O jeito foi deixar o prefeito largado no chão.

*Pádua Marques, cadeira 24 da Academia Parnaibana de Letras. Romancista, cronista e contista.

Para ajudar vocês durante esse período de isolamento social, o Clube de Leitura “Leia Mulheres Parnaíba” fez uma lista colaborativa com 20 indicações de livros escritos por mulheres para esse período ou não.

1º: Fique comigoAyobomi Adebayo

2º: Se Deus me chamar, não vouMariana Salomão

3º: O olho mais azulToni Morrison

4º: Mulheres, escrita e feminismo no PiauíOlívia Candeia

5º: Tudo nela brilha e queima Ryane Leão

6º: O tempo entre costuras Maria Duenas

7º: Um teto todo seuVirginia Woolf

8º: O conto da Aia Margaret Atwood

9º: Outros cantos Maria Valéria Rezende

10º: Sinfonia em branco Adriana Lisboa

11º: O vestidoAnanda Sampaio

12º: KindredOctavia E. Butler

13º: A redoma de vidroSylvia Plath

14º: Cidadã de segunda classeBuchi Emecheta

15º: A guerra não tem rosto de mulherSvetlana Aleksiévitch

16º: Uma DuasEliane Brum

17º: Quarto de Despejo: diário de uma faveladaCarolina Maria de Jesus

18º: Quem tem medo do feminismo negro?Djamila Ribeiro

19º: Adua Iguaba Scego

20º: Garotas mortasSelva Almada