Famílias em estado de pobreza extrema de dois povoados da região de praia em Luís Correia, Macapá e Santa Luzia, foram beneficiadas com cestas básicas e materiais de limpeza e higiene pelo Projeto AMAR nessa quarta-feira dia 16 na ação social Amar sem Fronteiras.
Segundo Renan Brito, coordenador do projeto, a expectativa era de serem arrecadadas 25 cestas básicas, mas esse valor foi superado com de 912 quilos de alimentos. Também foram doados 40 ovos de Páscoa, 103 kits de higiene pessoal, um fogão, dois colchões, roupas e calçados e 30 pares de água mais sabão.
De início estava previsto serem beneficiadas apenas famílias de Macapá, mas com a quantidade de objetos arrecadados foi possível estender para os moradores do povoado Santa Luzia, também na região de praias de Luís Correia. “As pessoas estão acreditando nesse trabalho social que é muito lindo e muito perfeito”, diz Renan Brito.
O coordenador Renan Brito acrescenta que as pessoas devem entender que a pobreza e a necessidade existem em condições muito mais graves do que é mostrado. E na maioria das vezes ela é estampada, mas as pessoas preferem fechar os olhos. Fonte e Fotos: Projeto AMAR. Edição: APM Notícias.
O Atendimento Psicológico Online corresponde a uma das ações de enfrentamento ao COVID-19 desenvolvida pela UFDPAR e viabilizada através do trabalho colaborativo entre o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Comunicação, Identidades e Subjetividades (NEPCIS), o Núcleo de Estudos em Psicologia e Inovação Educativa (NEPSIN) e o NEGRACT (Núcleo de Estudos sobre Gênero, Raça, Classe e Trabalho), em articulação com uma equipe de psicólogas e psicólogos voluntários(as).
O serviço destina-se a pessoas em sofrimento decorrente da pandemia de COVID-19 e está em consonância com a Resolução n. 04/2020 do Conselho Federal de Psicologia, que dispõe sobre a regulamentação de serviços psicológicos prestados por meio de Tecnologias da Informação e da Comunicação durante a pandemia do COVID-19. Nesse sentido, após a referida pandemia, ocorrerá o desligamento do serviço e encaminhamento para outras possibilidades de atendimento.
O atendimento psicológico ofertado é gratuito, não havendo cobrança de nenhuma taxa em momento algum do processo terapêutico. Cada sessão terá duração de até 60 minutos e ocorrerá via videoconferência, podendo, em alguns casos, ocorrer através de chamada telefônica. Para tanto, serão utilizadas ferramentas como Skype, Whatsapp, Zoom, Meet, Hangout ou outros, desde que em acordo com a Resolução CFP 11/2018. Desse modo, é necessário assegurar ter acesso a internet e/ou telefone com condições que permitam a conexão para realizar chamada de vídeo e/ou de voz. Além disso, no momento da sessão, orienta-se que o(a) cliente deve permanecer em local reservado, onde se possa falar sem interrupções por terceiros.
O interessado deve se inscrever através do link abaixo, inserir todas as informações solicitadas, declarar que está ciente e de acordo com as condições do serviço oferecido e aguardar o contato de nossa equipe para agendamento do atendimento, cujo fluxo seguirá uma lista de espera.
Formulário de cadastro para acesso gratuito ao serviço de Atendimento Psicológico Online
O papa Francisco alertou nesta segunda-feira (13) que a violência contra mulheres pode aumentar por conta das medidas de isolamento contra a pandemia do novo coronavírus.
Na missa, o Papa ainda fez uma oração para as que estão em quarentena, além de citar as vítimas de violência contra mulheres.
“Hoje gostaria de recordá-los do que muitas mulheres fazem, inclusive neste momento de emergência de saúde, para cuidar de outros: médicas, enfermeiras, agentes das forças de segurança e agentes penitenciárias, funcionárias de lojas de produtos de primeira necessidade e muitas mães e irmãs que estão trancadas em casa com toda a família, com crianças, idosos e deficientes”, disse o Papa.
Mais de cem pessoas entre adultos, idosos e crianças, moradoras do povoado Macapá, região de praia em Luís Correia, serão assistidos por mais uma ação social do Projeto AMAR dia 19 de abril. A campanha lançada nessa quarta-feira dia 8, pretende arrecadar cestas básicas e materiais de higiene pessoal.
Segundo Renan Brito, coordenador do projeto, esta ação social denominada AMAR SEM FRONTEIRAS, foi idealizada depois de se ver a situação das vinte e cinco famílias em extrema pobreza, morando na sua maioria em casas com coberturas de plástico, sem energia elétrica, água tratada e sem instalações sanitárias.
Os membros do projeto estiveram na região e conheceram a realidade de algumas famílias. “Estamos arrecadando para os moradores de Macapá cestas básicas e materiais de higiene pessoal. Para doar basta entrar em contato com as nossas redes sociais e por um de nossos números”, diz Renan Brito.
Olegário estava colocando o nome do prefeito Ademar Neves num pedaço de saco de estopa pra depois, daqui a pouco dar os últimos ajustes no boneco do Judas que estava guardado nos fundos da casa. Agora faltava vestir com um paletó velho, conseguido pela mãe Rosa na casa de doutor Mirócles. Era desse jeito todos os anos desde quando se meteu a fazer aquela festa na Guarita, em meio daquele deserto de areia e com casas de barro cobertas de palha de carnaúba.
Sua mãe Rosa todo ano saía uns dois meses antes, ainda em janeiro, procurando entre as famílias ricas de Parnaíba alguém que desse uma roupa velha, fora de uso, uma camisa, calça, paletó, sapato, gravata, pra que seu filho Olegário vestisse o Judas pra queimar no sábado de Aleluia, passada a Semana Santa.Era coisa de vir gente de tudo quanto era canto pra ver e se divertir.
Na morte do Judas tinha refresco de maracujá, de limão, abacaxi, bolo de tora, bolo de milho, broa, chá de burro, café, cocada, macaxeira e milho cozidos, canjica, pamonha, tudo em quanto.Vinha gente do Macacal, dos Campos, Tucuns, Curre, Tabuleiro, do Alto do Cemitério e até de dentro da rua, os filhos de gente rica. Vinha essa gente assistir a queima do Judas e que todo ano levava o nome de alguém detestado pelo povo, um intrigado, um político da Parnaíba.
Aquela era uma festa pra se esperar pelo próximo ano.E feita com apuro. Olegário fazia tudo sozinho. Muitas das vezes costurando e enchendo o boneco a noite inteira. Enchia de serragem, maravalha ou mulambo. Tudo servia. E naquele ano de 1933, Olegário estava era zangado com o prefeito Ademar Neves!
Olegário tinha pouco mais de vinte e quatro anos. Filho do carroceiro vindo do Sobradinho, Manuel, o Mano, com dona Rosa, que sofria dos nervos a ponto de só viver enfurnada e com a cabeça enrolada de pano, tinha ainda as irmãs Antonia e Maria José.
De vez em quando Rosa em dias de crises, quando só faltava correr e acordar a Guarita toda, ia bater na Santa Casa atrás de algum alívio pra aquele sofrimento sem fim. Mas nesses tempos o filho era de viver entretido com as brincadeiras.
Quando não era com a brincadeira de boi em junho, era com o diabo de Judas na Semana Santa! Uma vez ou outra aparecia algum colega e mais outro pra ajudar. Aí se formava aquela comandita toda da Guarita, gente ali de perto do Rio Grandense e que era afamada na Parnaíba inteira. Todo ano corria a notícia de que Olegário do Mano ia botar o Judas e a inquietação era saber quem seria o homenageado.
O menino que agora era homem e dono de dois jumentos e oito ancoretas, nunca foi de querer saber nada com escola. Do pai ouvia que escola era coisa de filho de rico, de seu Roland Jacob, Franklin Veras pra cima. E que seus filhos estando de bucho cheio e tendo uma rede pra dormir não carecia de muita ciência, coisa muito além não.
Olegário, menino, foi levado pela mãe Rosa e pela madrinha Cecília pra se matricular no Miranda Osório, mas refugou logo a tentativa de aprender a ler e escrever. Rosa agora botou numa escola do bairro, ali perto, mas ele foi com as irmãs por pouco tempo. Terminada a aula, era de sair correndo na frente delas, gritando, dizendo que estava com dor de barriga ou com febre e que não voltava mais.
No outro dia a mãe ia bater na porta de doutor Cândido, na Santa Casa, procurando saber do que se tratava. O doutor examinava aqui e ali e não encontrava nada de doença e longe dele, cochichando, dizia pra Rosa que o menino estava com manha, preguiça. E se continuasse daquele jeito era pra mais na frente ir pra Marinha ou acabar indo pra o Acre, onde tinha só índio que comia gente!
E a coisa acabava ficando por aquilo mesmo. E assim cresceu Olegário até encontrar seus jumentos e as suas ancoretas. Olegário fazia tempos havia se metido a botar água nas casas. Fez o pai fazer negócio com dois jumentos e umas ancoretas, oito ao todo, e ia pegar água na lagoa do Bebedouro pra vender nas casas da gente que tinha dinheiro, na linha ferro, mais pra baixo, nos rumos do Alto do Cemitério e que agora corria o risco de acabar seu serviço porque Ademar Neves estava calçando tudo quanto era rua, enquanto a Guarita ficava na pobreza.
Mas quem seria o Judas daquele ano de 1933? Pouca gente adivinhava. E foi essa dúvida, essa inquietação que até o chefe de polícia de Parnaíba ficou preocupado. Mandou uns informantes ficarem nas proximidades da Guarita dia e noite, ouvindo raparigas, bêbados, vagabundos, enfim, assuntando aqui e ali com os vizinhos de Olegário do Mano. Mas era o prefeito Ademar Neves, chamado por Olegário de Camaleão Velho, o escolhido pra ser queimado no Sábado de Aleluia.
Naquele ano estava o inverno bom de água. As obras da estrada de ferro levavam muita gente a se mudar da Guarita, dos Tucuns, Curre e do Bebedouro pra beira da linha no Macacal. O incômodo lá eram as muriçocas! Muita gente dizia de boca cheia que a Guarita tinha os dias contados, que era lugar onde nem pra morrer haveria de prestar porque era coberta de areia e lá nunca teria nada! No dia da queima do Judas, no Sábado de Aleluia, amanheceu pros lados do Catanduvas com umas nuvens escuras. Olegário mal meteu a cara na porta foi ficando preocupado.
E lá pelo meio da tarde começou a chover. Todo o movimento esperado pra aquela festa foi pra dentro de casa. E foi chuva pra mais até de noite. Chuva de ninguém se atrever a meter a cara na porta. Chuva regada a relâmpagos e trovões. Coisa de fazer cachorro e menino se mijando de medo.
De uma hora pra outra a Guarita ficou um lamaçal só. E lá no largo, naquele terror de chuva, perto do Rio Grandense, Olegário do Mano junto com dois colegas tentando subir aquele boneco todo vestido de terno de linho, gravata marrom escuro, de sapatos lustrados, com o nome e a cara de Ademar Neves. O Judas foi ficando pesado de tanto levar água e eles não conseguiram que subisse. O jeito foi deixar o prefeito largado no chão.
*Pádua Marques, cadeira 24 da Academia Parnaibana de Letras. Romancista, cronista e contista.
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Parabéns a todas as mulheres jornalistas. Parabéns a todos os jornalistas.
A jornalista e blogueira Luzia Paula criou uma “Vakinha” para arrecadar recursos para aquisição de cestas básicas que serão doadas entre famílias de Parnaíba, no litoral do Piauí, que estão sendo afetadas economicamente pelo novo coronavírus, uma vez que, com o decreto de isolamento social, inúmeras famílias que viviam do comércio ou serviço informal ficaram impossibilitadas de trabalhar.
“Temos recebido diariamente vários pedidos de cestas básicas de pais de família aqui de Parnaíba que não estão conseguindo manter o sustento de suas famílias. Os pedidos são muitos e de diversos bairros. Nossa ajuda está sendo solicitada até na Pedra do Sal. No entanto, as arrecadações que estamos conseguindo não são suficientes par suprir toda a demanda, por isso, resolvemos criar a Vakinha”, disse Luzia.
A ação faz parte do projeto “Compaixão”, realizado por voluntários da Igreja Adventista Central de Boa Esperança, no bairro Pindorama. Em muitos lares a despensa da cozinha já está vazia e é para ajudar essas pessoas a enfrentarem este momento difícil, que os voluntários contam com a ajuda de cada um.
As quatro entidades parnaibanas escolhidas para receber os donativos arrecadados no Teatro Saraiva dia 22 de março por ocasião do show da cantora Zélia Duncan, que foi cancelado, retiraram o material nessa quarta-feira, dia 1º de abril. Estes donativos constavam de arroz, feijão, flocos de milho e açúcar, num total de cinquenta e um quilos.
Foram contemplados, o Centro Espírita Chico Xavier, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a Liga do Pão dos Pobres de Santo Antonio e a Casa do Bom Pastor. “Mais uma vez o Teatro Saraiva agradece a todos e à Secult dada à cultura e às entidades sociais de Parnaíba”, declarou Joaquim Saraiva. Fonte/Fotos: Teatro Saraiva. Edição: APM Notícias.
Marcado para ser realizado no dia 22 de março às 19h no Teatro Saraiva, na avenida Nossa Senhora de Fátima, zona norte de Parnaíba seno em seguida cancelado para cumprir as determinações de saúde contra o coronavírus, conseguiu arrecadar mais de cinquenta quilos de alimentos não perecíveis.
Segundo Joaquim Lopes Saraiva, ator, diretor e proprietário do teatro, foram arrecadados na ocasião 23 kg de arroz, 19 kg de açúcar, 01 kg de feijão e 9 kg de flocos de milho. “Agora estes alimentos deixados no Teatro Saraiva serão entregues para entidades sociais”, diz o diretor. Fonte: Teatro Saraiva. Fotos: DPernambuco/Teatro Saraiva. Edição: APM Notícias.
O Projeto AMAR junto com alunos, coordenadores e professores dos cursos de medicina, fisioterapia e biomedicina da Universidade Federal do Delta do Parnaíba e a organização @phb.em.luta deram início na sexta-feira dia 27 de março e encerrando nessa sexta-feira dia 3 de abril, a campanha PARNAÍBA CONTRA O CORONAVÍRUS.
Segundo Renan Brito, do Projeto AMAR, estão sendo arrecadados sabonetes antibacterianos, cobertores, máscaras e vitamina C. os interessados em doar estes materiais podem entrar em contanto com as redes sociais Projeto Amar, PHB em Luta, MoradoresdeRua, Solidariedade, Amor ou pelo telefone (86) 99802-8172.
“Nós resolvemos fazer esta ação devido a todo esse pico da doença que está acontecendo. Vendo também que sentimos falta de ações voltadas para os moradores de rua pelo poder público. Baseados nisso, nós resolvemos fazer esta ação.”, diz Renan Brito. Fonte: Projeto AMAR. Fotos: Edição: APM Notícias.